domingo, 24 de abril de 2011

Exposição



No momento estou contente com a nova mesa de computador do meu quarto. Ela tem a minha agenda do Acústico D3 (cuja capa eu produzi), meu livro favorito, "Reputação", do Mário Rosa e meu caderno da faculdade. Tem também uma lâmpada, o monitor do computador, meu primeiro tela plana, e 'todos comemora' haha! As caixinhas de som, porque o rapaz aqui é comburente à música, e um porta copo para fomentar o vício em sucos exóticos - hoje, e no momento, é o de beterraba. E claro, minha gente, que não podia faltar a sagrada latinha de lápis de cor. Coitada, tão importante, mas não coube no quadro! rs

Tomei o cuidado de descrever os itens da minha mesa porque eles têm a ver com o assunto que quero conversar. Imagem. A luz está lá, simbolizada na lâmpada, para que a imagem exista. A cor está no vermelho 'sangue do Pânico 4' do suco de beterraba!
A capa produzida para a agenda é um trabalho de imagem. Ela é feita para que o nome da banda que eu atendo seja lembrado de várias maneiras. Reforçar a imagem. O monitor do computador, nem se fala. Precisamos saber as informações que rolam na CPU de alguma maneira, e a preferida de aproximadamente 80% da humanidade é a visão.
Embora não seja feita de imagem visual, as caixas de som estão lá para a imagem auditiva. Já ouviu falar nessa? É a sensação que temos. "Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?" E aí, qual é a imagem que lhe veio à cabeça agora? É... Rs. A imagem!

O que me levou a tocar nesse assunto pluri-cromático é o comentário de um amigo meu hoje, no msn. Nos conhecemos há pouco tempo, mas ele teve o conforto de me contar que se sente julgado pela aparência. É um cara bonito, e eu tive a oportunidade de descobrir que isso é só um detalhe. "Ah, as pessoas se aproximam de mim só com segundas intenções. Se eu digo que não, cortam relações. Ninguém quer fazer amizade, só dar uns pegas". Se alguém acha que ele está reclamando de barriga cheia, que lembre: "Não só de pão viverá o homem". Pois é. Nessa sociedade de aparências, nem só de imagem viverá a reputação, meus mafagafos. As pessoas precisam de amor. A alma precisa de alimento.

Mário Rosa, o autor do meu livro favorito já citado, fala da imagem como algo incontrolável e determinante na atual sociedade. A capa do livro tem um espelho. Genial, não acham? Eu também. Ele quer dizer que quando o assunto é imagem, superficialidade e até alma, todos estamos no mesmo barco. Afinal, desde a Paris Hilton, que esbanja beleza e luxo, até o simples operário, todos somos inevitavelmente levados ao infinito do próprio ser. Dá medo em muitos.

Termino esse post citando um trecho do livro Espectro, que vou publicar em breve. Ele é referente à personagem Norah, cuja história gira em torno de sua relação com a própria imagem, o próprio ego, e a fama. Para que lembremos que a luz mostra a imagem. Então devemos buscar a luz e não as imagens. Certo?

"Todo sorriso é bonito. Porém só os verdadeiros contagiam." (Espectro, Lucas Miolla)

Sorriam, meus amados leitores. Mas sorriam de verdade. :)
Obrigado por ler esse post. Ele é a sua cara. :]

Lucas Miolla